segunda-feira, 21 de novembro de 2011

FUNK E A PROBLEMÁTICA DA CULTURA BRASILEIRA

Observem a polêmica gerada em torno de um fenômeno  cultural pouco estudado, pouco entendido e discutido de forma parcial , sem resultados sólidos por enquanto.

A matéria é de uma revista cujo público atende pessoas da classe média, média- alta, denominada " CULT", em que seu propósito fundamental é abrir um espaço cultural e intelectual "diferenciado" dos meios de comunicação tradicionais autodenominados como fonte de cultura e informação.

Em relação a Autora, Marcia Tiburi é uma filósofa ( Doutorada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e professora da pós graduação em   arte , educação e história da cultura na Universidade Prebisteriana Mackenzie em São Paulo. Para os fãs de programas globais, Marcia Tiburi é uma das apresentadoras do programa " Saia Justa" na GNT ( canal privado de tv a cabo, criado pela companhia Globo SAT).

Já Luiz Henrique, é um comentador da matéria, selecionado por minha pessoa para demonstrar como a questão é polêmica e passa por olhares conservadores da filósofa.Contudo, ao mesmo tempo, o Sr. Henrique não se propõe a questionar se o denominado FUNK SEXISTA deve ser comparado as demais modalidades do funk que se apresentaram no decorrer de sua história, desde a década de 70?


COMENTEM MENTES BRILHANTES! 

A nova moral do funk

Gênero modificou a natureza clandestina da pornografia
Marcia Tiburi
A afirmação adorniana de que após Auschwitz toda cultura é lixo não perde sua atualidade. Se, de um lado, a frase implica que a cultura não vale mais nada, de outro quer dizer que “lixo” é a melhor categoria explicativa da cultura como “aquilo que se rejeita”.
Mas vem significar também que cultura é a experiência do que sobra para os indivíduos levando em conta as condições socioeconômicas e políticas marcadas pela divisão de classes, de trabalho, de sexos, da própria educação dirigida de maneira diferente a pobres e ricos.
A partir da elevação do lixo à categoria de análise, podemos com tranquilidade ecológica (aquela que faz a separação dos descartáveis por categorias) partir para uma brevíssima investigação daquilo que se há de nomear como “moralina funk”, a performance corporal-sonora que se apresenta como o ópio do povo de nosso tempo.
Muito já se escreveu sobre o fenômeno que merece atenção filosófica urgente desde que se tornou a “cultura” que resta para uma grande camada da população de classes menos favorecidas econômica e politicamente.
Muitos afirmam que “o funk carioca também é cultura”, mas pouco comentam sobre seu sentido como capital cultural justamente porque seu único capital implica uma contradição: pobreza material e espiritual. Ou seja, capital nenhum.
Na ausência desse capital sobressai o que resta aos marginalizados. Eles descobriram o valor daquilo mesmo que lhes resta. Eis o capital sexual.
A performance da moralina funk depende desse capital sexual. Explorado, ele é a única mercadoria da consciência e do corpo coisificado. Seu paradoxo é parecer libertário quando, na verdade, é a nova moral.
Pornografia moralizante
Produto dos mais interessantes da sempre moralizante indústria cultural da pornografia, a esperteza do funk carioca é transformar em regra aquilo que foi, de modo irretocável, chamado por seus adeptos pela categoria do “proibidão”. A versão da coisa que não é para todo mundo.
A fórmula do funk é tão imbatível quanto a lei do estupro das histórias do Marquês de Sade. É o barulho como poder, ou melhor, violência. Nenhum ouvido escapa da moralina funk na forma de disfarçadas ladainhas em que as mesmas velhas “verdades” sexistas se expoem, como não poderia deixar de ser, pornograficamente.
A economia do proibidão
Mandamento sagrado da performance é que ninguém ouse imputar marasmo ao tão cultuado quanto profanado Deus Sexo.
Não existe uso da pornografia autorizado, pois a regra de sua moral é a clandestinidade. Daí a função do proibidão na economia política do funk. A história da pornografia oscila entre ser o outro lado da lei e ser apenas outra lei.
Foi isso que fez seu sucesso político em sociedades autoritárias contra o princípio publicitário que lhe deu origem. É o que está dado em sua letra: porno (prostituta) e grafia (escrita) definem, na origem, a mulher que pode ser vendida. E que, para ser vendida, precisa ser exposta.
A pornografia é, assim, uma espécie de exposição gráfica da mercadoria humana. Não é errado dizer que a lógica que transforma tudo em mercadoria tem seu cerne na “prostitutabilidade” de todas as coisas. Nada mais simples de entender em um mundo de pessoas confundidas com coisas.
Que a pornografia esteja ao alcance dos olhos, dos ouvidos, de todos os sentidos, exposta em todos os lugares, significa apenas que a regra do ocultamento foi transgredida. Mas implica também sua efetivação como publicidade universal. Isso explica por que ela não choca mais.
Na performance do funk carioca ela é altamente aceita em escala social. Seja pela pulsão, seja pela acomodação, se o imoral torna-se suportável é porque ele tomou o lugar da moral. É a nova moral.
A pornografia de nossos dias é tão bárbara quanto a romana pornocracia, com a diferença de que não temos mais nada que se possa chamar de política em um mundo comandado por regras meramente econômicas.
Daí que todo funkeiro ou seu empresário saibam que seu negócio é bom pra todo mundo.


Luiz Henrique |

07/11/2011

O ponto que o texto levanta sobre a comercialização da sexualidade é bom. É um mercado promissor no capitalismo, mais uma maneira de reificar os corpos. Porém, lendo esse artigo, temos a impressão de que o Funk Carioca começou com o proibidão. Faltou pesquisa, acredito.
Assim como os funkeiros, acadêmicos também gostam de ganhar dinheiro com suas apresentações. Nisso, acabamos vendo palestras quase que pasteurizadas, beirando a autoajuda por causa de uma pressào do dinheiro/mercado. Com o funk não é diferente, mas ao invés de autoajuda o público busca pornografia. Mas, assim como não podemos dizer que todo o público de uma palestra de filosofia busca autoajuda, não podemos dizer que todo o público do funk busca pornografia. Nem todo filósofo pende para a autoajuda assim como nem todo funkeiro pende para a pornografia.
É preciso lembrar que o Funk Carioca que nos anos 80 dava seus primeiros passos não era composto de pornografias. Existia sim, assim como existe no samba, axé, mas em minoria.
Nessa época o Funk Carioca foi proibido de ser tocado nos bailes do asfalto. Policiais invadiam os bailes e atiravam nas caixas de som para inutilizar o equipamento. O Funk Carioca encontrou tranquilidade junto aos marginalizados do morro, onde a polícia não tinha “moral”de estragar a festa.
Trata-se de um movimento cultural que depois de abafado pela repressão ganhou o mundo. O Funk Carioca merece mais respeito e estudo. Embora sofra uma pressão forte do mercado, o Funk Carioca não pode ser resumido a pornografia simplista, ainda mais se utilizando de Adorno para atacá-lo. Adorno se referia aos ouvintes de Wagner, não de músicas do gueto, como é o caso do Blues, do Jazz e do Funk Carioca.
Onde está a pornografia nos versos: “É som de preto / de favelado / mas quando toca / ninguém fica parado”? Onde está a pornografia nas músicas do Claudinho e Buchecha, e naquela gravada por Adriana Calcanhoto? Pra quem não sabe, Claudinho e Buchecha foi revelado pelo Furacão 2000 e não pela Globo. Dizer que o Funk Carioca começou no proibidão é o mesmo que dizer que a MPB começou com Jorge Vercilo.
Para a princesa falar sobre o povo, é preciso primeiro sair do castelo.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

exercícios de recuperação 8 ano

1- (ETEC 2010)

No início do século XIX, entre 1810 e 1828, em  uma única geração, praticamente toda a América Latina 
obteve sua independência das metrópoles ibéricas. Comparando o processo de independência da América 
Espanhola e do Brasil, podemos afirmar o seguinte:  
(A) Em ambas as independências, houve a participação de índios e negros (escravos ou libertos), pois a 
independência significava liberdade, e esse sonho era comum nas colônias.   
(B) Em toda a América Latina, a independência foi feita pelo povo, que lutou ao lado da elite proprietária de 
terras e de minas, havendo o apoio de tropas inglesas e francesas. 
(C) Na América Espanhola, índios das missões,sob liderança jesuítica, foram os primeiros a se rebelar, 
sendo prontamente seguidos pelos colonos. De maneira diversa, no Brasil, os colonos se rebelaram, 
mas os índios não se envolveram nessa questão política. 
(D) Na América espanhola, a luta foi liderada pela elite criolla; após as guerras de independência, a América 
Espanhola se dividiu, originando várias repúblicas.  No Brasil, a elite contou com o envolvimento do 
príncipe regente português, sendo adotada a forma imperial após o fim do sistema colonial. 
(E) As independências latino-americanas foram concedidas pelas metrópoles ibéricas,esgotadas 
financeiramente após as Guerras Napoleônicas. Não conseguindo mais administrar a América colonial, 
pelos altos custos despendidos nas colônias, a libertação americana foi a solução encontrada. 


2- (UFV) Durante o período Napoleônico (1799 - 1815), entre as medidas adotadas por Bonaparte, assinale aquela que teve repercussões importantes nas relações comerciais do Brasil com a Inglaterra:
 
a) Restauração financeira, com a conseqüente fundação do Bando da França, em 1800.

b) Decretação do Bloqueio Continental, em 1806, com o qual Napoleão visava arruinar a indústria e o comércio ingleses.

c) Promulgação, em 1804, do Código Civil, que incorporou definitivamente à legislação francesa os princípios liberais burgueses.

d) Expansão territorial da França, graças à incorporação de várias regiões da Europa, formando o chamado "Império Napoleônico".

e) Criação do franco como novo padrão monetário.



3- Etec 2008 

Neste texto, Ruy Castro se transporta no tempo e se vê como um jornalista a noticiar a chegada da Família 
Real ao Rio de Janeiro, ocorrida há 200 anos.
É hoje!
Rio de Janeiro. O príncipe regente dom João desembarca hoje no Rio com sua família e um enorme séqüito 
de nobres, funcionários, aderentes e criados. Precisou que Napoleão botasse suas tropas nos calcanhares da 
Corte para que esta fi zesse o que há cem anos lhe vinha sendo sugerido: transferir-se para o Brasil.
Não se sabe o que, a médio prazo, isso representará para a metrópole. Mas, para a desde já ex-colônia, será 
supimpa. Porque, a partir de agora, ela será a metrópole. E, para estar à altura de suas novas funções, terá 
de passar por uma reforma em regra – não apenas cosmética, para receber o corpo diplomático, o comércio 
internacional e os grãos-fi nos de toda parte. Mas, principalmente, estrutural. Afi nal, é um completo arcabouço 
administrativo que se está mudando.
Para cá virão os ministérios, as secretarias, as intendências, as representações e a burocracia em geral. Papéis 
sem conta serão despachados entre esses serviços, o que exigirá uma superfrota de estafetas [mensageiros]. 
A produção de lacre para documentos terá de decuplicar. O Brasil importará papel, tinta e mata-borrões em 
quantidade, mas as penas talvez possam ser fabricadas aqui, colhidas dos traseiros das aves locais.
Estima-se que, do Reino, chegarão 15 mil pessoas nos próximos meses. Será um tremendo impacto numa 
cidade de 60 mil habitantes. Provocará mudanças na moradia, na alimentação, nos transportes, no vestuário, 
nas fi nanças, na medicina, no ensino, na língua.  Com a criação da Imprensa Régia, virão os jornais. O regente 
mandará trazer sua biblioteca. Da escrita e da leitura, brotarão as idéias.    
Até hoje, na história do mundo, nunca a sede de um império colonial se transferiu para sua própria colônia. É 
um feito inédito – digno de Portugal. E que pode não se repetir nunca mais.
                                                                                                                  (Ruy Castro. Folha de S. Paulo, 08/03/2008)



O texto de Ruy Castro  apresenta algumas mudanças 
ocorridas na Colônia após a chegada da Família 
Real portuguesa ao Rio de Janeiro, as quais foram 
fundamentais para o processo da Independência.
Assinale a alternativa que apresenta uma medida 
adotada e sua importância para a emancipação 
política do Brasil.
    A-    a transferência do corpo diplomático, do comércio internacional e dos grã-fi nos, pois garantiu a 
formação de uma elite nacional interessada na 
autonomia.
  B-      um sensível crescimento da leitura e da escrita, 
com a criação da Imprensa Régia, os jornais, a 
biblioteca e o ensino, o que abriu espaço à formação e difusão de novas idéias.
   C-    a vinda de ministérios, secretarias e intendências, pois sem esta burocracia seria impossível 
a formação de uma nação.
    D-    a importação de papel, tinta e mata-borrões, sem 
os quais as aves não seriam utilizadas para o 
desenvolvimento de uma produção local.
     E-    as mudanças na moradia, na alimentação, nos 
transportes e no vestuário, pois favoreceram a 
formação de uma classe média crítica e transformadora.  


4- 
 A maior razão brasileira para romper os laços com Portugal era:

 
a) evitar a fragmentação do país, abalado por revoluções anteriores;
b) garantir a liberdade de comércio, ameaçada pela política de recolonização das Cortes de Lisboa;
c) substituir a estrutura colonial de produção e desenvolver o mercado interno;
d) aproximar o país das repúblicas platinas e combater a Santa Aliança;
e) integrar as camadas populares ao processo político e econômico.


5- Trabalhando com texto:


“O latifúndio, a servidão, a escravidão e outros males prolongaram-se após a independência, está claro que com o livre comércio, com os criollos governando e um novo senhor desenhando-se à vista de todos: a loura e perversa Albion – ou se quiserem, a Inglaterra. E, o que é pior, um senhor mais poderoso que o de antes, que não demorou a engendrar meios para ficar com uma parte considerável da riqueza produzida pela sociedade. E tudo isto sem a necessidade de manter uma administração colonial, pagar exércitos e ditar leis incômodas”.

POMER, Leon. A independência da América Latina. São Paulo: Brasiliense, 1996.

Sobre o texto, responda:

a) Qual é a crítica realizada pelo autor?

b) Que situação permaneceu após a independência?

c) Como o autor descreve a Inglaterra e sua ação sobre as antigas colônias espanholas?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Primeira Guerra Mundial ( parte 2)

MENTES BRILHANTES NÃO ESQUEÇAM,

  • A soma entre técnica ( ciência), economia e a Guerra, gerou um conflito cujo resultado foi a morte de 20 milhoes de pessoas.
  • De 1914 a 1915 - O conflito em termos militares era dinâmico, com grande avanço alemão sobre o território francês.
  • Entre 1915 e 1916 - A Guerra se torna estática, formando aquilo que conhecemos como " terror de Guerra" ou as trincheiras.
  • 1917-1918 - A Entrada dos norte Americanos na Guerra muda seu panorama a favor da triplice aliada ( Inglaterra e França, principalmente), trazendo para o cenário bélico mais soldados e equipamentos.
O Fim da Guerra e as propostas de reorganização da Europa


  1. OS 14 pontos do presidente Wilson
OS norte americanos organizaram uma proposta de reorganização da Europa a partir de uma lógica de "paz sem vencedores", marcada pela ideia de 14 pontos a serem  cumpridos.

  1. Abolição da diplomacia secreta
  2. Plena liberdade de Navegação tanto em períodos de paz como de Guerra.
  3. Remoção de Barreiras economicas *
  4. Limitação dos armamentos nacionais
  5. Ajuste das pretenções coloniais
  6. Ajuda a Rússia
  7. Restauração da Independência da Bélgica
  8. Devolução da Alsácia e Lorena aos franceses ( tiradas pelos alemães na Guerra Franco Prussiana)
  9. Reajuste das antigas Fronteiras
  10. autonomia dos povos da Áustria e Hungria
  11. Resatauração da Romênia, Montenegro e Sérvia
  12. Autonomia dos povos sucetidos aos turcos
  13. Criação de uma Polônia Independente
  14. Criação de uma liga das Nações *
Os interesses norte Americanos estavam diretamente ligados a aspectos geopolíticos, pois com a Europa destruída pelo formato da Guerra imperial, os norte americanos, objetivavam reconstruir a Europa com seus recursos e evitar outro evento de proporções economicas catastróficas.

Tratado de Versalhes

os 14 pontos do presidente norte americano foi incompatível com os objetivos de inglaterra e França. O Revanchismo que assolava principalmente os Franceses resulta em um acordo de guerra humilhante que levará a Alemanha ao Colapso polítco econômico e social.

Dentro do Tratado previa
  1. Retorno da Alsácia e Lorena aos Franceses, tomada desde1870 ( Região de grande extração de minérios, ótimo para a atividade industrial)  e a entrega da bacia carbonífera do Some aos franceses durante 15 anos.
  2. Entregar territórios antes alemães aos Belgas ( EUPEN e MALMEDY), a Dinamarca ( a maior parte de SCHLESWIG), a Lituânia (MEMEL) e parte da prússia oriental à Polônia. A política de fragmentação territorial gerará um sentimento de revanche entre os alemães, bem como criará um corredor que divide a Alemanha praticamente em dois denominado corredor polonês.
  3. Pagamento de 132 bilhoes de Marco- Ouro em um prazo de 30 anos, bem como o confisco de bens e investimentos alemães no exterior.
  4. Desarticulação das forças armadas ( Exército e Marinha).

terça-feira, 15 de novembro de 2011

8 ano tarde. Independência da América espanhola e a vinda da família real ao Brasil

Meninos e Meninas,

A independência das Américas, tanto a portuguesa quanto  a Espanhola, foram motivadas pelo desgaste do modelo de colonização em que a Metrópole esgota, sempre que possível, todos os recursos econômicos e naturais da colônia. Lembrando para que essa forma de colonização, chamamos de COLÔNIAS DE EXPLORAÇÃO. 

Indo mais a fundo,Não podemos esquecer também que para  a América se desligar do domínio metropolitano, vários acontecimentos tiveram de ocorrer mais ou menos ao mesmo tempo. De forma geral temos:

  1.  O surgimento da teoria liberal na Europa, bem como sua Expansão - As teorias liberais desenvolvidas na Europa a partir do século XVIII criticavam o formato polítco do domínio dos reis ( absolutismo), propondo uma maior " participação popular" como também a forma de organizar  a economia, oferencendo maior liberdade de Mercado.
  • Liberdade de Mercado - Significa que o mercado protecionista desenvolvido com o exclusivo metropolitano era uma prática que deveria dar espaço para a famosa " mão invisível do mercado". 
   2.  Independência dos EUA em 1777 - Os norte americanos foram por mais de 200 anos uma colônia inglesa. Sua libertação no final do século XVIII, deveu-se a um conflito sangrento mas políticamente progressivo, pois se desenvolveu nos EUA o formato republicano. 

  • A República - formada nos EUA, possuía problemas fundamentais em relação à participação popular, como o voto censcitário, contudo, a repercussão desse novo modelo na América foi enorme entre intelctuais e grandes proprietários de terras que se desgastavam com a política do Exclusivo metropolitano. 
3. As campanhas napoleômicas na Europa 1804-1815 - Desorganizam todo o continente Europeu, invandindo Espanha em 1807 e Portugal em 1808, gerando uma dificuldade enorme em gerir suas colônias e afrouxando o famoso exclusivo metropolitano.

4. O Exclusivo Metropolitano- Gera internamente nas colônias americanas uma insatisfação entre as camadas médias e as elites dessa sociedade colônial. Aos poucos os ideais liberais vão se espalhando, criando  uma mistura perigosa entre liberdade de comércio, independência e identidade cultural própria.

Independência da Amércia Espanhola

Não esqueçam meninos, podemos falar não em uma independência mas sim de várias, pois o que era antes uma colônia Espanhola se tornará em 15 anos ( 1810-25) vários países diferentes, cada um com seu motivo mais ou menos particular para organizar sua independência. O importante a fixar agora é que independentemente dos motivos particulares todas as regiões da colônia se asfixiaram com:

  • Exclusivo Metropolitano
  • Intolerância criolla com o domínio político administrativo dos chapettones.
Vinda da família real ao Brasil em 1808

A vinda da Família real em 1808, foi motivada pela Invasão de Portugal por  Napoleão. No início do século XIX, Portugal era um país Metropolitano decadente, pois por diversos motivos não conseguira se industrializar como Inglaterra e França e por isso dependia de uma forte política de importação de produtos industriais. Como consequênica desse atraso econômico Portugal possuía inúmeras dívidas com os ingleses.

Logo, quando Napoleãp decreta o Bloqueio Contiental em 1806, D joão VI se vê encurralado entre França e Inlgaterra. Se por Um lado Portugal realizar comércio com os Ingleses, Napoleão Invadiria, por outro se nçao realizasse comércio com os ingleses, estes mesmos realizariam invasões ( até mesmo em portos coloniais).

Nesse duro emaranhado, D. Jõao VI fura o Bloqueio e por consequência, Portugal é invadido pela França de Napoleão em 1808.  A fuga da família real contou com a presença de milhares de pessoas, fato que nos põe a pensar a respeito da premeditação da fuga, ou seja, ela foi planejada.

Ao vir para cá D. Jõao VI, pressionado pelos ingleses decreta:

  • 1808 - Abertura dos Portos às Nações amigas. Na prática D. João VI estava realizando uma abertura comercial no Brasil, ou seja, ampliando os horizontes dos grandes produtores rurais brasileros  ( latifundiários).
  • 1815 - Elevação do Brasil a condição de Reino Amigo - O Brasil a partir de 1815 deixava de ser formalmente uma colônia e passaria agora a um status político um pouco mais livre dos interesses diretos de Portugal.